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Professora que desejou morte de pessoas de direita é exonerado após 10 meses

21/10/2021

Decisão do Procurador-Geral do Município, Adriano Tacca, foi publicada nesta quarta-feira

Após mais de 10 meses, a professora da rede municipal de Caxias do Sul, Monique Varella Emer, que ameaçou a vice-prefeita do município, Paula Ioris (PSDB), após as eleições de 2020, foi exonerada. A decisão foi publicada pelo Procurador-Geral do Município, Adriano Tacca, nesta quarta-feira, no Diário Oficial do Município. A professora chegou a ser afastada das atividades por 90 dias, sendo alvo, neste período, de uma sindicância, que buscou apurar a conduta dela. No entanto, após o prazo máximo expirar, ela foi reintegrada às atividades. Desde março deste ano, a professora passou a exercer função administrativa dentro da Secretaria Municipal de Educação. “Como esse processo se deu no decorrer do ano letivo, ela foi determinada para este serviço administrativo. Ela estava trabalhando na central de matrículas, setor no qual outros professores trabalham por lá”, disse o procurador. Além de ameaçar a vice-prefeita, nas redes sociais a servidora também pediu a morte das pessoas de direita, incluindo crianças e idosos. A fala teria sido motivada pela derrota de Pepe Vargas, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à prefeitura de Caxias do Sul nas eleições municipais no ano passado. "Da direita, quanto mais morrerem de Covid-19, de tudo, Aids, câncer fulminante, pra mim, melhor é. Já que a gente não pode fuzilar, então que vão na praça fazer bandeiraço (sic) e, se Deus quiser, morram tudo de Covid. Adultos, mulheres, idosos e crianças, não vale um, não se salva um", disse Monique. "É por isso que eu estou criando meus filhos [de forma] diferente. Se depender dessa nova geração, todos os alunos que passam pela minha mão vão ser muito mais faca na bota. Não vão mais cair nesse discurso de oportunista, mas não vão mesmo. Vão ser muito mais faca na bota. Vão saber que tem coisa que só se resolve como na Argentina, na França, botando fogo em ônibus, quebrando mercado, quebrando banco, saqueando mercado, saqueando lojas. Pois é desse jeito que se resolvem as coisas. Na paz e na democracia não se resolve nada", disse Monique em áudio publicado nas redes sociais. PT de Caxias do Sul publica mensagem de apoio a professores Após a repercussão dos áudios da professora, o diretório local do PT em Caxias do Sul publicou uma mensagem de apoio. Segundo o comunicado, pessoas "que defendem uma ideologia obscurantista e autoritária, que visa instalar no país um estado repressor, digno do totalitarismo fascista" se utilizaram de "uma frase infeliz de uma educadora" para atribui-la a todo o conjunto de educadores "que defendem a sociedade baseada na democracia". "A indignação que externam é hipocrisia instrumental", diz o partido, "pois entre eles não são poucos os que destilam ódio político todos os dias". O processo “As provas, a instrução do processo, foram todas elas realizadas com direito a ampla defesa da servidora, dos advogado constituídos, o contraditório, foram ouvidas testemunhas indicadas pela servidora. Há provas no processo, onde toda instrução normal que ocorre em qualquer processo no município de Caxias do Sul”, pontuou. Na época do caso, a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo da Câmara Municipal de Caxias do Sul solicitou que o Poder Executivo tomasse providências e medidas cabíveis, conforme estabelecem as leis municipais e o estatuto dos servidores. Além disso, a comissão pediu, ainda, que fosse verificado se o conteúdo que a professora lecionava em sala de aula condizia com o plano pedagógico dos anos em que trabalhava. Conforme a Procuradoria Geral do Município de Caxias do Sul, a servidora pode recorrer da decisão na via administrativa, com um pedido de reconsideração ou um recurso extraordinário ao superior hierárquico, no caso o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico.

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