Quinta, 21 de novembro de 2024
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O MOVIMENTO DO REINO
10/11/2023
Independentemente de qual pessoa da Trindade esteja na administração do movimento do Reino – seja o Pai, dos dons da vida; o Filho, dos dons ministeriais; e o Espírito Santo, dos dons carismáticos , todos eles seguem o mesmo padrão: a graça é concedida a cada um, valorizando a individualidade e a ordenança de vivenciá-la coletivamente, vislumbrando a manifestação da multiforme graça divina. Quando observamos a movimentação do Reino, é muito comum a presença de termos como: distribuindo-as… a cada um; vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve; cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros; o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. A visão da individualidade, vivida na coletividade, em busca de algo maior – a manifestação da multiforme graça de Deus – é extraordinária! Ela desperta em nós a consciência da importância e da natureza do reino de Deus. Quando você pensar na experiência com Deus na prática da vida cristã, mantenha o foco de que toda manifestação divina está em linha com a legislação do Reino. Vemos a verdade dessa declaração de forma panorâmica: todos morremos e fomos destituídos da glória de Deus (Rm 3.23; 6.23). Por causa disso, tornamo-nos escravos do pecado e do império das trevas (Jo 8.34,35; Rm 6.17,20; Cl 1.13). Fomos libertos do pecado e transportados para o reino de Jesus (Rm 6.18, 22; Cl 1.13,14; 1Pe 2.9). Portanto, mudando-se o reino, mudam-se o rei e a legislação (Hb 7.12; Ef 2.1-9; 1Co 9.21; Tg 1.25; 2.12; 1Ts 2.12; Hb 12:28). A vida de quem teve uma experiência real com Deus deveria expressar os valores e a dinâmica do seu Reino. Jesus, antes de ser levado aos céus, em suas palavras finais, ensinou a seus discípulos as questões concernentes ao reino de Deus, e eles deram continuidade à mensagem do Reino (At 1.3; 8.12; 14.22; 19.8). A linguagem, o comportamento e as ações de quem teve experiência com Deus devem estar estabelecidos nos valores e na legislação do Reino. Deus não faz as coisas simplesmente por nos amar; mas, por nos amar, Ele nos concede o privilégio de conhecê-lo, seus caminhos e os propósitos de seu Reino. Nunca devemos olhar para o movimento do Reino com o foco em nós mesmos; essa atitude demonstra egoísmo e está mais vinculada ao falso cristianismo. As Escrituras nos ensinam a buscar o Reino e a sua justiça em primeiro lugar (Mt 6.33). Todos, sem exceção, ao fazerem uso da graça para fins pessoais, serão privados de mergulhos mais profundos nela. Por isso, os avivamentos duram tão pouco (Gl 3.1-5). O movimento do Reino segue a estrada da individualidade. vivida na coletividade, em busca de algo maior – a manifestação da multiforme graça de Deus. Vejamos como essa verdade espiritual é confirmada na descrição do Reino apresentada por João: Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! (Ap 1.5,6). No texto de João, aprendemos muito sobre o Reino, sua natureza e movimentação. O Reino é único, mas os sacerdotes são muitos. O Senhor nos ama e nos libertou, revelando a individualidade da experiência. No entanto, estabeleceu-nos como sacerdotes, gerando a responsabilidade de agirmos na pluralidade. De fato, pertencemos a um Reino inabalável (Hb 12.28), de justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). Toda atividade dos sacerdotes na Nova Aliança tem como alvo glorificar a Deus e cumprir o propósito do Reino. Como redimidos, devemos nos aperfeiçoar no entendimento sobre o Reino, a individualidade e a pluralidade. Caso contrário, nós, seja como indivíduos ou como Igreja de Cristo, não manifestaremos, em aspectos mais amplos, a multiforme graça de Deus em nossa geração. Por mais que sejamos crentes, comprometidos com a vida de oração, jejum e leitura da Palavra, nunca vivemos todas as experiências desejadas e possíveis, simplesmente por questão didática. Deus deseja nos ensinar a importância do relacionamento interpessoal, honrando as pessoas e seus ministérios. Existe um mistério revelado na relação interpessoal da graça divina. Mesmo parecendo para alguns que Jesus limitou nossas experiências com Ele no ambiente da coletividade, essa ideia não retrata a verdade, pois Ele ampliou os horizontes das experiências quando estabeleceu o princípio da coletividade; juntos teremos mais de Deus e seremos mais efetivos em nossas ações! Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração. E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (Cl 3.12-17). Observe a riqueza de experiências no contexto da pluralidade: desfrutar os afetos de misericórdia, receber suporte para a vida, cultivar o espírito perdoador, desenvolver o amor, aprender as riquezas da Palavra, ser aconselhados e louvar ao Senhor de todo o coração com nossa família espiritual! Tudo de bom! Sozinhos, nunca poderíamos desfrutar tantas manifestações da multiforme graça de Deus. Não é por acaso que o inferno tenta com toda sua força, usando suas artimanhas, desconstruir a importância da Igreja de Cristo e, principalmente, o benefício de se congregar em uma comunidade local. Graças a Deus, mesmo diante de tantos ataques do inferno, podemos manter nossa paz, pois as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja de Jesus (Mt 16.18). Marcelo Jammal
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