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OEA rejeita resolução sobre a eleição na Venezuela; Brasil se abstém

01/08/2024

O documento obteve 17 votos a favor, nenhum voto contrário e 11 abstenções entre os Estados que participaram da reunião extraordinária

O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos, a OEA, rejeitou nesta quarta-feira 31 uma resolução para exigir transparência ao governo da Venezuela sobre as eleições de domingo, que deram vitória a Nicolás Maduro, O projeto de resolução da organização de 34 países americanos obteve 17 votos a favor, nenhum voto contrário e 11 abstenções entre os Estados que participaram da reunião extraordinária. Cinco países, incluindo a Venezuela, rejeitaram a convocação do conselho.

Entre os que se abstiveram destacam-se Brasil e Colômbia, que haviam pedido ao governo Maduro a publicação das atas eleitorais de domingo para esclarecer qualquer dúvida sobre o pleito.

A reunião começou com mais de duas horas e meia de atraso por desencontros sobre uma frase do projeto de resolução, lamentou o presidente do Conselho Permanente, Ronald Sanders, sem dar detalhes.

A proposta exigia, entre outras coisas, que o Conselho Nacional Eleitoral publicasse imediatamente os resultados das eleições presidenciais de cada centro de votação, bem como “uma verificação integral dos resultados na presença de observadores internacionais para garantir a transparência, credibilidade e legitimidade” do pleito.

Envergonhado

Maduro ofereceu nesta quarta-feira entregar 100% das atas” eleitorais e afirmou que os líderes opositores que denunciam fraude “devem estar atrás das grades.

Os líderes da oposição, María Corina Machado e seu candidato presidencial, Edmundo González Urrutia, alegam que ganharam as eleições e denunciam uma escalada da repressão que deixou, desde segunda-feira, pelo menos 12 mortos e dezenas de feridos, além de mais de 1.000 detidos, segundo o governo.

Os 17 países que votaram a favor da resolução do Conselho Permanente foram: Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Haiti, Jamaica, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname e Uruguai.

E as 11 abstenções foram de Antígua e Barbuda, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Dominica, Granada, Honduras, São Cristóvão e Neves, e Santa Lúcia. Entre os países que não compareceram à reunião destaca-se o México.

Chanceleres de países a favor da resolução lamentaram a sua rejeição. O do Peru, Javier González-Olaechea, foi o que se mostrou mais indignado.

Depois nos perguntamos por que nossos cidadãos, principalmente nossos jovens, não acreditam nos políticos, declarou. Todos aqui, incluindo os ausentes e os que se abstiveram, votaram a favor da Carta Democrática [da OEA], instrumento pensado para abortar os regimes que querem se perpetuar no poder.

Seu colega uruguaio, Omar Paganini, também fez duras críticas: Não compreendemos como não há acordo sobre uma resolução tão clara, sobre temas tão básicos. Este organismo deveria estar hoje muito envergonhado. POR AFP.

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