Sábado, 07 de setembro de 2024, responsável técnico Renyere Trovão Soares DRT-PR 3499

Telefone: (66) 9256-9631 | E-mail: contato@regiaoleste.com.br

Lula diz que não terá compromisso com meta fiscal zero e preocupa congresso

17/11/2023

Ano eleitoral preocupa parlamentares, que querem evitar “pagar a conta” com garantias na LDO

Após o governo desistir de enviar uma proposta de flexibilização da meta fiscal para 2024 a tempo de fazer a alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias, parlamentares ficaram preocupados com a necessidade de contingenciamento de emendas no ano que vem, que é ano eleitoral. O governo não quer contingenciar recursos do PAC. Nesse cenário, o Palácio do Planalto precisará negociar com o legislativo para tentar manter os vetos e garantir recursos para o programa, prioridade para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O relator da LDO, deputado Danilo Forte (União-CE), deverá colocar uma regra de contingenciamento na LDO, fruto desse possível acordo com o governo, dividindo o “peso” e preservando o legislativo de ter o “prejuízo” maior em ano de eleição municipal. A alteração no texto deve vir após definição dos vetos ao arcabouço, que devem ditar a mudança possível no relatório. A intenção é aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias já na próxima semana na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e, mais tardar na semana seguinte, no plenário. A definição deve acontecer na próxima reunião de líderes, na terça-feira (21).

Relatório da LDO

O relator e parlamentares envolvidos na discussão estão estudando a possibilidade de diminuir, no texto da LDO, o orçamento do executivo (RP2) e aumentar os recursos de emendas de lideranças (Rp5). A decisão daria mais poder ao legislativo, porém, segundo relatos à imprensa, não é vista com bons olhos pelo presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), já que a mudança diminui seu controle sobre o Orçamento que está nas mãos do Congresso, “pulveriza” o poder sobre os recursos e deixa o “baixo clero” mais forte. Apesar de Danilo Forte ainda estudar a possibilidade de alterar esse ponto na LDO e incluir uma nova regra de contingenciamento, ele já definiu pelo menos duas novidades importantes e que ampliam o poder do Congresso sobre o Orçamento: torna as emendas de comissão impositivas, ou seja, de execução obrigatória; e incluirá um calendário de pagamento das emendas – para evitar o que aconteceu em 2023, quando o governo demorou para executar e deixou para última hora o pagamento da maior parte das emendas previstas para o ano.

Anuncio

Grupo de notícia Noticias