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Incêndios em palhada de milho trazem prejuízos nas próximas safras

16/09/2024

Todos os anos, milhares de hectares de palhadas de milho queimam no Mato Grosso na seca, período que chega a durar até cinco meses, quando ocorre a colheita da segunda safra. Todo estados de Mato Grosso vários incêndios já foram registrados em 2024, tanto em áreas de preservação, quanto em palhada de lavouras já colhidas. A AGRNotícias entrevistou o engenheiro agrônomo de Canarana – MT, Pércio Cancian, que falou sobre os prejuízos que os incêndios provocam para o solo e, consequentemente, para as safras seguintes. Cancian destaca, em primeiro lugar, que o fogo é característico da região do Cerrado no período da seca, sendo benéfico em algumas situações. Existe a quebra de dormência de sementes de algumas árvores, que só ocorre em altas temperaturas. Isso precisa deixar salientado. Além disso, existe a queimada controlada, que é praticada há muitos anos, utilizada para manejar áreas de aberturas, para rebrota de capim nas pastagens. Nesse caso, o fogo se torna um aliado, reitera. Porém, Pércio diz que existem os incêndios criminosos ou provocados por um descuido, podendo se originar até do escapamento de algum maquinário agrícola, queimando a palhada de uma lavoura já ceifada ou mesmo de lavouras prontas para serem colhidas. “Nesse caso, o prejuízo é muito grande para o solo, com consequências físicas, químicas e biológicas”, relata Pércio, demonstrando que queimadas não beneficiam o produtores de nenhuma maneira. Apesar do fogo trazer alguns benefícios iniciais, como mineralizar e disponibilizar alguns nutrientes, entre eles nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio magnésio, que estavam retidos na massa orgânica sobre o solo, os malefícios que vem depois disso são extremamente danosos. Por AGRNotícias

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