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Brasileiros preferem jogar no tigrinho do que comprar alimento, revela estudo
15/11/2024
Após a chegada do tigrinho, ou genericamente dizendo as casa de apostas, o comportamento de consumo dos brasileiros se transformou consideravelmente. Cada vez mais brasileiros preferem diminuir os gastos em alimentos, bebidas e vestuários para economizar e apostarem mais ainda. Vale ressaltar que tigrinho é apelido para todas as casas de apostas online, mas necessariamente são iguais. Conforme o Brazil Weekly Retail Compass de 2024, houve um aumento expressivo nos gastos com apostas, especialmente online. Ao mesmo tempo, observou-se uma redução no consumo em áreas mais tradicionais do cotidiano. O estudo do Santander aponta que esses novos padrões de gasto revelam como o tigrinho, ou jogos de azar e apostas esportivas, estão se tornando uma parte importante do orçamento das famílias. Desse modo, inclusive competindo diretamente com setores mais tradicionais do comércio varejista.
Tigrinho cresce entre brasileiros
O tigrinho de pequeno não tem nada. Em termos comparativos, em 2018 os gastos com essas atividades eram estimados em cerca de R$ 30 bilhões. Isso representa um aumento significativo na alocação do orçamento das famílias para apostas. Ou seja, passou de 0,8% da renda familiar em 2018 para algo entre 1,9% e 2,7% em 2023. Em 2024 estudo mostram um aumento de 35% na posta com os jogos on-line. O relatório também revela que, entre 2013 e 2024, as vendas do varejo tradicional, como alimentos, bebidas, vestuário e eletrônicos, perderam parte da fatia do orçamento familiar. Amaior queda foi observada nos setores de vestuário e calçados. Estas últimas registraram uma redução de 0,7 ponto percentual na sua fatia do orçamento familiar, caindo para 3,0% em 2023. Da mesma forma, o setor de eletrônicos e móveis caiu 0,4 ponto percentual, representando 3,1% da renda das famílias. O aumento do “share of wallet” (participação do orçamento) das apostas se dá em detrimento de outros segmentos. Uma pesquisa recente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) revelou que uma parte considerável dos apostadores online ativamente reduziram seus gastos em outras áreas para apostar mais. Os setores mais afetados incluem o de vestuário (23% dos entrevistados afirmaram ter reduzido gastos com roupas para apostar), supermercados (19%) e viagens (19%). Abel Junior / Leonardo Rubinstein
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