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Brasil não pode ser só a fazenda do mundo, diz Mercadante

08/02/2023

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, produtos industriais de alto valor agregado são essenciais para o desenvolvimento do Brasil

O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira (6), no discurso de posse na instituição de fomento, que o foco na “reindustrialização” da economia, já colocado por ele como um dos objetivos de sua gestão, significará apoiar uma nova indústria, inovadora e descarbonizada. Ao mencionar o desafio da reindustrialização, Mercadante afirmou que não se trata da velha indústria. Trata-se da nova indústria: digital, descarbonizada, baseada em circularidade e, assim, intensiva em conhecimento. Essa nova indústria exigirá inovação e grandes investimentos na pesquisa aplicada, discursou o novo presidente do BNDES. Segundo Mercadante, a participação da indústria nos desembolsos do BNDES era de 56% do total, em 2006, e caiu para 16%, em 2021. Temos que reverter isso, isso não pode continuar, afirmou o presidente do BNDES. Ao mencionar a nomeação de Rafael Lucchesi, diretor da Confederação Nacional da Industria (CNI), como presidente do Conselho de Administração do BNDES, Mercadante ressaltou que seu objetivo é colocar a indústria no topo das ações estratégicas do BNDES. O novo presidente do banco aproveitou para anunciar que o ex-ministro de Relações Exteriores e atual assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, e Clemente Ganz, que foi diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), serão indicados como membros do Conselho de Administração. Mercadante aproveitou para ressaltar a nova ênfase em sustentabilidade. “Não haverá futuro se não preservamos a Amazônia e outros biomas”, afirmou o novo presidente do BNDES, dirigindo-se à ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, que estava na plateia da cerimônia de posse. Mercadante e agricultura Mercadante defendeu uma posição “mais atuante” do banco, com atenção especial à indústria, e apontou que o Brasil não pode ser somente um exportador de commodities agrícolas. Uma das dimensões para o projeto estratégico de desenvolvimento são as exportações, não apenas de commodities agrícolas, disse Mercadante. É muito bom, como diz o querido ministro Carlos Fávaro [Agricultura], que o Brasil é a fazenda do mundo. É muito bom, mas não pode ser só a fazenda. Produtos industriais de alto valor agregado são essenciais para o desenvolvimento do Brasil, acrescentou.

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