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Agressor de Delis Ortiz é do Exército, diz GSI

02/06/2023

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) identificou que o segurança apontado como suposto agressor da jornalista do Globo, Delis Ortiz, é de uma organização militar do Exército Brasileiro. Conforme apurado pelo órgão, ele estava desempenhando suas funções como parte de um serviço coordenado pelo próprio GSI. Com informações de Lauro Jardim, colunista do Globo, existe um silêncio do presidente Lula e das principais mulheres com cargos de destaque no governo petista mostram que a agressão sofrida pela jornalista Delis Ortiz, da TV Globo, no Palácio Itamaraty, na noite desta terça-feira, 30, por seguranças do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, foi ignorada. Nem Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente nacional do PT, nem Simone Tebet, ministra do Planejamento, nem Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Anielle Franco (Igualdade Racial) e nem a primeira-dama, Janja Silva, notabilizadas por frequentes discursos em defesa dos direitos das mulheres, tocaram no assunto ao longo desses dois dias. Até mesmo o ministro dos Direitos Humanos deixou o episódio de lado. Por outro lado, a recepção de Lula ao ditador Maduro foi calorosa e constrangedora. Janja até publicou nas redes sociais foto com o venezuelano, cujo governo é marcado por uma coleção de crimes contra a humanidade, o que inclui execuções, torturas e desaparecimentos de opositores. Segundo relatório da ONU, divulgado no ano passado, entre os crimes da ditadura de Maduro estão justamente torturas a jornalistas e estupro de mulheres que são contrárias ao regime. Há um decreto que estabelece as normas para tal atuação conjunta na segurança do presidente da República em eventos em Brasília. O gabinete abriu uma sindicância para averiguar o episódio e vai colher depoimentos dos envolvidos. O convite de Delis Ortiz, para que ela exponha sua versão, também é esperado. As imagens disponíveis para averiguar se há indícios de transgressão disciplinar ou eventual crime na agressão à jornalista durante entrevista a Nicolás Maduro serão analisadas. O Exército, por sua vez, afirmou que afastou os militares presentes no episódio até o término do processo investigativo. O efetivo do evento foi de 193 militares, incluindo a área externa. A instituição disse ainda que permanecerá à disposição para contribuir com a investigação em curso.

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